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Beata Conchita: mãe dos Sacerdotes!




Beata Conchita: mãe dos Sacerdotes!

“Senhor, sinto-me incapaz de Te amar, portanto quero casar. Doa-me muitos filhos, que eles possa Te amar mais de que quanto eu sou capaz.”  Beata Conchita

 

A primeira mulher leiga a ser beatificada no México. Esposa, mãe, mística e escritora. A mulher que viveu o extraordinário no ordinário. Apaixonada pela Eucaristia. Mãe de nove filhos e inspiração da fundação das Obras da Santa Cruz. Maria Conceição Cabrera Arias de Armida, nasceu dia 08 de Dezembro de 1862, na solenidade do Dogma da Imaculada Conceição, por isso a família decide colocar esse nome nela.

Família

Nasceu em uma família religiosa e numerosa, foi a sétima de doze filhos. Cresceu como uma criança saudável e alegre. Estudou durante seis meses em uma escola, no entanto não pode continuar, pois naquela época o México estava passando por um período de grandes perseguições. Começou então a ter aulas em casa com seu tio, Pe. Luís Gonzaga e se dedicar aos trabalhos domésticos. Quando adolescente, gostava de ir a bailes, teatro e passear. Contudo, a sua profunda vida espiritual não cessava. Ela queria conhecer sempre mais os caminhos de Deus.

“A voz de Deus, que era muito forte mesmo ao meio dessa dispersão, me chamava a oração e aos sacramentos.”

 

Matrimônio

Aos 13 anos de idade conhece Francisco Armida em um desses bailes e inicia o noivado (namoro). Ela o amava muito e o amando sabia que esse amor se estendia a Deus.

“O noivado nunca me impediu de ser mais de Deus. Me parecia tão fácil juntar as duas coisas! Á noite, ao deitar-me, pensava em Francisco e depois na Eucaristia.”

Dia 08 de dezembro de 1882, na solinidade da Imaculada e em seu aniversário, casa-se com Francisco e torna-se uma Armida.

“O matrimônio é santo e a sua fecundidade é um reflexo da fecundidade de Deus.”

Fecundidade essa que logo, agraciou o casal. Tiveram nove filhos, três morreram, quatro casaram, um rapaz virou sacerdote Jesuíta e uma moça freira religiosa na ordem religiosa que Beata Conchita fundou. Ela viveu profundamente a sua vocação de esposa e mãe, dando testemunho de fidelidade e amor.

“Antes de todas as demais coisas, a minha tarefa principal é a educação dos meus filhos.”

Em 1901 Francisco falece por causa de uma doença chamada Tifo. Esse período a família passa por uma serie de dificuldades financeiras. No entanto, isso é incapaz de desanima-la, o desafios da vida matrimonial para essa grande senhora é como uma motivação para amar e se doar ainda mais.

“Vã seria minha vida se, ao querer amar a Deus, não cumprisse a minha obrigação familiar.”

 

Escritora Mística

Conchita, além de suas obrigações familiar, foi escritora. Escreveu um diário espiritual e ao todo 71 obras, revelando ou afirmando, sobre temas como: a Cruz do Apostolado, o Mistério da Santíssima Trindade, Sacerdócio Místico do povo de Deus, Missão de Maria Santíssima no mistério da Igreja, a Eucaristia e outros. Para uma mulher que não frequentou a escola, que não estudou teologia, esses escritos são, de fato, a ação de Deus em sua vida.

 

Devoção a Santíssima Virgem Maria

Beata Conchita, como podemos observar, era muito devota da Virgem Santíssima. A Mãe de Nosso Senhor era a escola dela, recorria sempre a Nossa Senhora. Consagrou a Ela, sua vida, casamento e filhos.

“Entrego-os completamente a Ti como se fossem Teus filhos. Tu sabes que eu não os sei educar, pouco sei do que significa ser mãe, mas Tu, Tu o sabes.”

 

Espiritualidade

“Jesus Salvador dos homens, salvai-os!” foi o lema que marcou sua vida e missão apostólica. Em 1894 ela teve essa inspiração, ao ponto de ficar como que gravado “a fogo” em seu peito o monograma JHS: Jesus Salvador dos Homens. Desde então, foi ficando mais claro em seu coração e em sua alma o papel que teria como inspiradora e fundadora das cinco Obras da Cruz, mesmo em meio aos seus trabalhos, como esposa e mãe de família, cheia de compromissos e visitas. Pouco a pouco, o Senhor foi chamando-a até conquistar por completo seu interior, compartilhando com ela seus próprios sentimentos. Enquanto rezava em uma Igreja da Companhia de Jesus, em San Luis Potosí, teve uma visão da Cruz do Apostolado. Via uma Cruz com um coração vivo, uma lança no coração, em volta do coração tinha um fogo. Encima da cruz tinha um outro fogo bem forte. Jesus a revela que desejava a santificação dos sacerdotes e que queria derramar sobre eles e sobre a Igreja um novo pentecostes e para chegar a isso, deveriam passar pela cruz, sacrifício e sofrimento.




Mãe dos sacerdotes

“Confio-te mais um martírio: tu sofrerás aquilo que os sacerdotes cometem contra mim, Tu viverás e oferecerás pela infidelidade e pelas misérias deles.”

Jesus lhe confio essa missão por meio dessa visão. A santificação dos sacerdotes virou a oração da sua vida. Ela oferecia e fazia sacrifícios por eles. A maternidade de Beata Conchita se estendeu de seus filhos biológicos para os seus filhos espirituais.

“Pede-me uma vida longa para sofrer muito e para escrever muito, essa é a tua missão na terra. Tu estás destinada à santificação das almas, muito especialmente a dos Sacerdotes; através de ti muitos se incendiarão no amor e na dor. Faz amar a CRUZ, por meio do reinado do Espírito Santo. Virá uma plêiade de Sacerdotes Santos que incendiarão o mundo com o fogo da CRUZ; eles se formarão numa singular perfeição com a doutrina que te dei. Eu cumpro minha palavra: tu serás mãe de muitos filhos espirituais, mas te custarão mil martírios do coração.

Sentia eu um grande fogo em minha alma, e lhe disse:

-Não importa, Jesus, quero ser mãe, dai-os a mim, eu os recebo contanto que te deem muita glória”

Essa boa mãe, rezou e os amou tanto que transbordou na inspiração da fundação de 5 obras da Cruz.


  1. Apostolado da Cruz: Para todo povo de Deus;
  2. Religiosas da Cruz do Sagrado Coração de Jesus: congregação religiosa feminina contemplativa;
  3.   Aliança de Amor com o Sagrado Coração de Jesus: Leigos;
  4.  Fraternidade de Cristo Sacerdote: Para sacerdotes;
  5. Missionários do Espírito Santo: Congregação religiosa masculina;

Todas fundadas na inspiração espiritual e missão da herança recebida de Beata Conchita; No entanto, desde o início, teve que enfrentar a incompreensão, pois, nem todos entendiam como era possível uma mulher casada ser uma mística e fundadora. Isso também, não a deteve, pois sua missão foi sempre confirmada por seus diretores espirituais. Em vista disso, a Santa Sé, por diversas vezes, foi examinada por teólogos importantes,mas as avaliações foram sempre positivas.

Beatificação

Conchita faleceu em fama de santidade em 3 de março de 1937 na Cidade do México ao 74 anos de idade. Foi declarada “venerável” em 1999 pelo Papa São João Paulo II e em 04 de Maio de 2019 foi declarada Beata. Um homem em coma, não movia nenhum músculo, a família pediu a intercessão de Beata Conchita, logo depois esse senhor acordou, se levantou e perguntou o que ele estava fazendo ali, a família explicou o que havia acontecido, que ele havia sido curado pela intercessão de Beata Conchita.


“Quero, minha filha, que se estabeleça uma comunhão dominical, oferecida ao Espírito Santo, pelas mãos de Maria, em favor da Igreja e dos meus sacerdotes […]
Esse impulso salvador necessita minha Igreja, de cujos frutos gozará sendo Eu o meio, e contribuindo aos desejos do Papa que são os Meus, na recepção do Sacramento. Todos unidos necessitam levantar um grito ao céu pedindo por essa porção escolhida de meus sacerdotes, por meio do Verbo, repito, a quem o Pai nada pode negar […] Eu anseio esses domingos de expiação e impetração ao Espírito Santo, sendo Eu oferecido ao Pai em imolação por meus sacerdotes. Sempre meu papel no mundo, é a imolação e o sacrifício. Quero que tais comunhões se ponham no puríssimo Coração de Maria, rogando-lhe que as tome com suas cândidas mãos e assim sejam dignamente oferecidas ao Espírito Santo“. (10 de abril de 1914)

 

A exemplo de Beata Conchita, oremos também pelos sacerdotes:

 

ORAÇÃO PARA OFERECER A COMUNHÃO PELOS SACERDOTES

Pai Celestial, para maior glória de teu Santo Nome, te oferecemos o Verbo Encarnado, que acabamos de receber no seu Sacramento de Amor e em que tens todas as tuas complacências, e nos oferecemos em união com Ele, pelas mãos de Maria Imaculada, pela santificação e multiplicação de teus sacerdotes; derrama neles teu Divino Espírito, enamora-os da Cruz e torna muito fecundo seu apostolado. Assim seja. Jesus, Salvador dos homens… Salvai-os!

 




Salve Maria Imaculada!



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