Dia 5: Maria, Mãe solícita!
Meditação:
“Eu
sou a Mãe do belo amor” – diz Maria (Eclo 24,24). O amor de Maria, observa
certo autor, embeleza nossas almas aos olhos de Deus e leva essa amorosa Mãe a
nos ter por filhos. Onde está a Mãe, pergunta S. Boaventura, que ame seus
filhos e vele sobre eles como vós, dulcíssima Rainha, nos amais e cuidais de
nosso adiantamento espiritual? Bem-aventurados aqueles que vivem debaixo da
proteção de uma Mãe tão amante e tão poderosa! Já antes do nascimento de Maria,
procurava o profeta Daniel obter de Deus a salvação, confessando-se filho de
Maria com as palavras: Salva o filho da tua serva! (Sl 85,16). Mas de que
serva? Daquela que disse: Eis aqui a serva do Senhor – assim pergunta e
responde S. Agostinho. E quem jamais ousará, diz o Cardeal S. Roberto
Belarmino, tirar estes filhos do seio de Maria, depois que a ele se tiverem
acolhido em busca de salvação contra os inimigos? Que fúria do inferno ou das
paixões poderá vencê-los, se puserem esta confiança no patrocínio desta grande
Mãe? Conta-se que a baleia guarda na boca seus filhos, quando os vê ameaçados
pela tempestade ou pelos caçadores. E que faz nossa boa Mãe, quando vê seus
filhos em perigo no meio da tempestade da tentação? Esconde-os amorosamente
como dentro de suas próprias entranhas, escreve Novarino, e ali os guarda até
que os coloca no seguro porto do paraíso. Ó Mãe amantíssima, ó Mãe
piedosíssima, bendita sejais e bendito seja para sempre aquele Deus que vos deu
a nós todos por Mãe e refúgio seguro em todos os perigos desta vida! Revelou esta
mesma Virgem a S. Brígida que uma mãe, se visse seu filho entre as espadas dos
inimigos, faria todo o esforço para salvá-lo. Assim, disse, faço e farei eu com
meus filhos, por maiores pecadores que sejam, sempre que a mim recorrerem. Eis
como em todas as batalhas com o inferno seremos sempre vencedores seguramente,
se recorrermos à Mãe de Deus, e nossa, dizendo e repetindo: Sob a tua proteção
nos refugiamos, ó Santa Mãe de Deus! Oh! Quantas vitórias têm os fiéis
alcançado do inferno com o recorrerem a Maria por meio desta breve, mas
poderosíssima oração! Aquela grande serva de Deus, sóror Maria Crucifixa,
religiosa beneditina, assim vencia sempre o demônio. Alegrai-vos, portanto,
todos os que sois filhos de Maria. Sabei que ela aceita por filhos seus quantos
o querem ser. Exultai! Como temer por vossa salvação, tendo esta Mãe que vos
defende e protege? Todo aquele que ama essa boa Mãe e em seu patrocínio confia,
afirma S. Boaventura, deve reanimar-se e dizer: Que temes, minha alma? Não; não
temas, porque a tua causa não se perderá. Pois a sentença está na mão de Jesus,
que é teu irmão, e na de Maria, que é tua Mãe! A este mesmo respeito exclama
cheio de alegria e nos anima S. Anselmo: Ó bem-aventurada confiança, ó seguro
refúgio! A Mãe de Deus é minha Mãe! Que certeza tem a nossa esperança, já que
nossa salvação depende da sentença de um irmão tão bom, e de uma tão compassiva
Mãe! – Eis pois a nossa Mãe que nos chama e diz: Quem for pequeno vem a mim (Sb
9,4). As crianças têm sempre na boca o nome da mãe. Em qualquer perigo que se vejam,
ou medo que tenham, logo se lhes ouve gritar: mamãe, mamãe! Ah! Maria
dulcíssima, ah! Maria amorosíssima, isto é justamente o que desejais de nós.
Quereis que nos tornemos crianças e chamemos sempre por vós em todos os perigos.
Pois é vossa vontade socorrer e salvar-nos, como já o tendes feito a todos os
vossos filhos, que recorreram a vós. (Santo Afonso de Ligório- Livro: Glórias de Maria)
Oração:
Como é possível, ó
Maria, minha Mãe Santíssima, que, tendo uma Mãe tão santa, tenha eu sido tão
mau? Uma Mãe que toda arde no amor para com Deus, e eu ame as criaturas? Uma
Mãe tão rica de virtudes, e que delas seja eu tão pobre? Ó Mãe amabilíssima, já
não mereço, é verdade, ser o vosso filho, porque de o ser me tenho feito
indigno com as minhas culpas. Contento-me, pois, com que me aceiteis por vosso
servo. Para ser o último de vossos servos, pronto estaria a renunciar a todos
os reinos da terra. Sim, com este favor me contento. Entretanto, não me
recuseis o de vos chamar também minha Mãe. Este nome consola-me, enternece-me,
recorda-me o quanto sou obrigado a vos amar. Inspira-me também grande confiança
em vós. Quando a lembrança dos meus pecados e da justiça divina me enche de
terror, sinto-me reanimado ao pensar que sois minha Mãe. Permiti que vos chame
minha Mãe, minha Mãe amabilíssima. Assim vos chamo e assim quero sempre
chamar-vos. Vós, depois de Deus, haveis de ser sempre a minha esperança, o meu
refúgio e o meu amor neste vale de lágrimas. Assim espero morrer, entregando
naquele último instante a minha alma nas vossas santas mãos, e dizendo: Minha
Mãe, minha Mãe, ajudai-me tende piedade de mim. Amém.
-Pedir
a graça que deseja alcançar e rezar o Santo Terço ou Rosário-
Votos:
- Fazer um ato de caridade;
- Rezar e meditar Lc 1,39-56;
“Ó Mãe do Redentor,
do céu ó porta, ao povo
que caiu,
socorre e exorta, pois
busca levantar-se,
Virgem pura, nascendo o Criador da criatura:
tem piedade de nós e
ouve, suave,
o anjo te saudando com
seu Ave!”
Salve Maria Imaculada!
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